A Questão da Paz Mundial

por Ariovaldo Batista

postado em out. 2018

 

INTRODUÇÃO

            Quando se fala em paz, em particular Mundial, é quase como se quiséssemos falar de guerras, armas, armamento nuclear etc. Não se sabe se há alguns séculos a questão da paz tivesse conotação da forma como tem hoje. Acho que se vive o trauma principalmente da última grande guerra, que culminou com a explosão nuclear de duas bombas no Japão. De lá para cá, parece que a humanidade vive o conflito e a eminência de uma catástrofe nuclear. De sorte que, estes comentários sobre a questão da paz, apesar de procurar ser o quanto possível mais abrangente, não pode ignorar essa questão do domínio pelo homem da energia nuclear, em particular, nas questões bélicas.

            Esses comentários serão divididos em algumas partes como seguem:

1 – A QUESTÃO FILOSÓFICA DA PAZ

2 – A QUESTÃO DAS GUERRAS E DO PODERIO MILITAR

3 – A QUESTÃO DA ENERGIA NUCLEAR

4 – A QUESTÃO PARTICULAR DA PROCURA DA PAZ

            É um ensaio quase histórico das civilizações à procura do que poderíamos entender como paz no sentido mais social, quase não se enveredando para o sentimento pessoal  que também anseia pela paz. Vamos dizer que não se procurará comentar sobre o caráter psíquico e médico do indivíduo homem no sentido do mal estar que se pode discorrer naquilo que possamos entender como “falta de tranqüilidade ou falta de paz”, no indivíduo humano no sentido mais biológico do que social. Procurar-se-á sobre a questão social e principalmente das sociedades no que se procura entender sobre a paz na Terra.

            Para falar sobre o sentimento pessoal, estão aí as religiões e a ciência em particular na área médica e psicológica.

            Entretanto, como não será um item do texto, nestas palavras iniciais vamos discorrer algum entendimento sobre o sentimento da paz, que queiramos ou não, será estendido sobre o que julgamos como sociedades pacificadas, cujo sinônimo mais ético seriam sociedades felizes, e que no fundo se poderia entender como bem-estar dos  povos e dos indivíduos das nações como um todo humano.

            É preciso antes falar sobre a questão das nações que hoje congregam o que podemos entender como povos. A nação é termo relativamente novo, e surgiu no feudalismo medieval por volta do século XIV, por uma questão quase administrativa do Papa ao comandar os vários reis e os respectivos feudos. Os senhores feudais tinham de fato o poder da força militar, os reis era apenas figuras decorativas, algo como hoje a Rainha da Inglaterra no Reino Unido. Então, foi dado pelo Papa poder aos reis que passaram a cobrar impostos dos seus súditos inclusive os senhores feudais, formaram seus próprios exércitos, entrando na era dos reis absolutistas onde a França até século XIX era o exemplo clássico ao mundo. Disso surgiu o termo nação, talvez uma das contribuições importantes da Idade Média à humanidade. Os territórios passaram a ser demarcados como nações, e isso se solidificou durante o capitalismo. Hoje falamos de povos franceses, ingleses, americanos (ianques), brasileiros etc. surgindo também o sentimento de “nacionalismo”, como uma necessidade humana. A finalidade da nação é garantir a satisfação das necessidades para viver de seu próprio povo, e isso se faz através dos “governos”. A nação com seu governo se tornam o Estado ou país com seu território próprio. O país com área demarcada se torna no contexto humano, um ‘ser-vivo’ praticamente espiritual porque sobrevive à morte de seus próprios indivíduos. Então, como conceito, a nação ou país é uma “entidade” tipicamente espiritual que se presume ter “vida eterna”, o que na prática é apenas conceitual.

            A paz que será mais comentada seria a “paz entre nações ou países”, que não necessariamente traria paz de cada indivíduo em cada nação, que como se espera, seria uma mera conseqüência. Poder-se-ia dizer que o povo francês, ou angolano, ou paraguaio ou chinês, PODERIA SER FELIZ E EM PAZ! Ainda que o bem-estar individual não tem a mesma conotação do bem-estar entre nações! Assim os comentários mais detalhados tratarão da “paz entre nações ou países”, e não necessariamente da paz do indivíduo, que redundaria praticamente no seu bem-estar. Então, o bem-estar de uma nação significa a satisfação plena das necessidades de viver de cada indivíduo que a compõe, algo como se poderia observar numa colméia ou formigueiro. Será possível a paz entre as nações?

 

1 – A QUESTÃO FILOSÓFICA DA PAZ

            Vamos nos restringir ao tema a “paz entre as nações”. O que significa?

            Temos que nos ater à lei, em particular, à lei que nos é suprema, da NATUREZA. Se uma formiga de um formigueiro for a outro formigueiro, É INIMIGA, e com certeza ou será expulsa ou até “sacrificada”. O mesmo se dá numa colméia, numa “família” de leões etc. Então, PAZ SIGNIFICA CONVIVÊNCIA SOB LEIS. Acontece que não temos ainda uma ‘Terra" como nação, temos em torno de 200 nações cada uma com suas leis. Então, a lei “natural da Terra” é que cada um respeite a lei do outro, mas a outra lei, que não é sequer escrita, é que QUEM PUDER MAIS CHORA MENOS. Num formigueiro, se a formiga invasora pudesse enfrentar o formigueiro, com certeza ficaria lá. Nas nações acontece a mesma coisa. Se uma nação invade a outra, é porque pela força a invasora “vence”. O que se tem desenvolvido ao longo da humanidade é uma espécie de “força supra” formada de algum acordo ou tratado entre nações, AS NAÇÕES ACORDADAS PRESUMEM GARANTIR AS “LEIS”, E AS QUE NÃO SÃO DO ACORDO, QUE SE  “ARMEM” SUFICIENTE PARA INVADIR! Essa é de fato a lei prática, tratados e contratos, ... ora tratados, são como as leis no Brasil!

            Isso é lei, é a prática, que por si, acaba por se tornar lei. Então, como se pensar em paz entre nações nessas condições?

            O que é uma nação? É um território delimitado, onde vive um contingente populacional que hoje se considera um ‘povo’, assim falamos de americanos, franceses, ingleses, paraguaios etc. O objetivo de uma nação é garantir a existência de cada membro de sua comunidade, através do respectivo GOVERNO. Então, nação e governo existem para um povo, e não o contrário como conceito de fato, que na natureza é lei. Acontece que o sistema de governo “imposto” desde Adão e Eva ou o Homem Agrícola, é o do CACIQUE E SEUS PAJÉS, que inverteu a ordem de utilidade. Não é a nação e o governo para o povo, mas o povo é que tem de ser útil ao governo (em primeiro lugar) e à nação em segundo! Há graduações claras hoje em dia, mas de alguma forma ou outra é a prática usual dos governos nas suas respectivas nações.

            E disso resultam as “guerras”. A paz entre nações ocorrerá quando não existir mais guerras, em outras palavras, quando as nações e seus governos existirem apenas para garantir a satisfação das necessidades de VIVER E PROCRIAR de cada um de seus elementos. É o que ocorre na natureza, exceto com o ser-vivo homem! O Sol é uma tremenda bomba atômica, mas nem por isso “contamina a Terra”, pelo contrário, garante sua existência!

            Então, filosoficamente a paz entre nações acontecerá se puder se evitar as guerras, simples, mas difícil como subir num pau de sebo da gincana! Há uma diferença conceitual entre ser simples (não complexo) e difícil, as gincanas mostram isso com clareza. É isso que se comenta.

 

2 – A QUESTÃO DAS GUERRAS E DO PODERIO MILITAR

            O sistema de cacique e seus pajés (até o século XIX os pajés eram os religiosos – católicos no Ocidente - hoje são os banqueiros no Mundo todo!) demanda a “força física” para existir, daí que nação sem Forças Armadas não é país, é colônia de alguém. É o que já dizia em outras palavras Maquiavel, que de certa forma foi um “profeta da pajelança política”! Então, o que garante a existência de uma nação é, em última análise, a existência da respectiva Força Militar, onde entra a lei do mais forte, também simples como é. Tanto que até o século XX, nação forte era a nação com grande exército, não precisamos ser PhDs para ver isso na história! Hoje já há certa alternativa através do que hoje se entende como economia, mas ainda é o canhão e a bomba que no final decide tudo. Dá para entender como um falastrão como Trump se sente um “rei” no mundo?

            A partir do século XIX, se diferenciou mais e mais em cada nação a questão militar das Forças Armadas e da Polícia Armada. Nas nações ditas “civilizadas”, a polícia militar acaba sendo “parte da outra”, nas ditaduras, quanto mais boçal mais a “polícia armada” se torna ‘força’ do governo ou do “cacique”. Exemplo clássico é que no nazismo a “força militar” se chamava Gestapo, uma polícia pura e simples. É consenso que Força Armada defende a nação, polícia o patrimônio e o governo em particular. Chegamos ao ponto de que a nação civilizada deve estar mais bem armada do que as nações atrasadas, e disso resultou após a II G. Guerra a existência da Guerra Fria. Nações “civilizadas” se consideravam as chamadas Capitalistas, contra as atrasadas, entendidas como Comunistas hoje em dia. E cada bloco procurou se “armar”, um para se defender, e outro para atacar!

            A questão dos “muros”, na antiguidade eram para defender uma cidade. O “muro” de Berlin não foi feito para “evitar” ataque dos capitalistas, MAS PARA EVITAR FUGA DE QUEM VIVIA NO MUNDO COMUNISTA, o muro não tinha a intenção de defesa da nação, mas dos governantes se defenderem dos próprios indivíduos de seu povo. Sob qualquer aspecto UMA BARBARIDADE. Além disso o muro não foi feito para evitar a “entrada” na URSS, mas para evitar a “saída” da Cortina de Ferro. Ruiu junto com a extinta URSS. O contrário do muro atual do Sr. Trump na fronteira com o México, mas o efeito é o mesmo. Uma imbecilidade política típica do sistema de Cacique se seus pajés! Os muros ainda são a marca de imbecilidade dos governantes!

            As guerras, em última análise, decorrem dessa imbecilidade política. O Egito não era um “império invasor”, mas se tornou um “império” objeto de invasões, e tinha que ser armado para evitar isso. Roma foi um império “invasor”, mas se preocupava muito mais com o bem-estar dos romanos do que da humanidade em si. As nações invadidas não eram de fato “invadidas”, eram sujeitas a “um imposto” ao invasor, que tinha como finalidade garantir o bem-estar dos romanos, pouco importa a escravidão dos outros! Gengis Khan também foi um império invasor, mas que nem sequer tinha como finalidade do bem-estar dos mongóis, MAS APENAS SATISFAZER OS INTERESSES PESSOAIS DO IMPERADOR, Gengis! Claro que do ponto de vista filosófico e até prático, O IMPÉRIO ROMANO FOI POLITICAMENTE MUITO SUPERIOR, durou um milênio, o de Gengis, apenas sua Vida ativa! Mas ambos se forjaram em cima de Forças Armadas bem estruturadas, SE NÃO, NÃO SE TORNARIAM IMPÉRIOS. Territorialmente, o de Gengis foi muito maior do que o Romano, administrativa e no tempo, o Império Romano foi o melhor que se conheceu até hoje, seu “direito” ainda é referência aos juristas mundiais.

            Como se vê, a história humana de certa forma se fez em cima de guerras, e nada indica que hoje seja de fato diferente. Por que ainda se governa pelo sistema de Cacique e seus Pajés! Não existe isso em nenhuma outra espécie viva da natureza, exceto o “homem adâmico”, nem sequer se pode verificar (arqueologia) no nosso antepassado homo-sapiens! É COISA DO HOMEM ADÂMICO! Em outras palavras, ainda somos politicamente iguais ao nosso ancestral Adão e Eva ou Homem Agrícola de uns 10 mil anos atrás. Na prática as sociedades humanas evoluíram, mas seus sistemas de governos ainda são os de 10 mil anos atrás. Isso explica porque existem as guerras.

            Que tal os sábios explicarem por que as guerras são fatores de progresso, como de fato têm sido?

 

3 – A QUESTÃO DA ENERGIA NUCLEAR

            A inteligência do homem tem evoluído continuamente desde Adão e Eva e por isso também a humanidade, e da mesma forma, aliás, até como conseqüência, tecnologicamente as guerras também têm evoluído na forma de guerrear, não de FAZER GUERRA. Antes se guerreava corpo a corpo, depois entraram as armas de explosão, depois os veículos etc. etc., e hoje se tem o fantasma da bomba atômica, tanto faz ser a de fissão (A) ou fusão (H). Quer dizer moral e eticamente quem decide uma guerra continua praticamente o mesmo de 10 mil anos atrás, os “meios” dessa guerra têm se modificado, estupidamente a partir do século XX, onde a ciência de fato deu um salto qualitativo igual ou maior do que a própria ciência com a Revolução Industrial.

            No caso particular nuclear, com a explosão da primeira Bomba A no Japão em 1945, aconteceu uma “disparada” pela posse dessa tecnologia, ao ponto de na década de 60 (efeito dos mísseis de Cuba), Kennedy na época profetizou que em breve pelo menos 15 nações disporiam de arsenal atômico, ua passo apenas da extinção da raça humana! E as próprias nações armadas (EUA e URSS) concluíram que se tinha de colocar “à força”, um paradeiro, daí os tais ‘tratados’ (o primeiro e mais sólido o TNP, tratado de não proliferação nuclear de 1968), que cada nação acatou de acordo com o respectivo interesse. Todos tratados foram conduzidos (pelos EUA e URSS) afim de se coibir a “proliferação”, e até uma tentativa discreta e mentirosa de “acabar” com o armamento nuclear. Hoje EUA, Rússia, França, Inglaterra e China dispõem de 98% das bombas nucleares (EUA e Rússia chegam a 94%). Quer dizer, os tratados são a mentira política de se “limitar” o poder bélico ao que é hoje ou era em 1968!

            Há uma questão tecnológica na bomba nuclear, os cientistas sabem como fazer um artefato que explode, MAS ESTÃO LONGE ‘TALVEZ BILHÕES DE ANOS’ DE SABER COMO SE FAZ PARA USAR A ENERGIA NUCLEAR COMO FONTE DE ENERGIA. O Sol, já dito, é uma “bomba nuclear”, e parece que cada estrela é isso, e não “destróem” o mundo, pelo contrário, garantem sua existência! Que tal nossos especialistas e cientistas nucleares entenderem antes essa simples observação na natureza? O grande problema da bomba, além da destruição é a contaminação nuclear (radioatividade) que resulta da explosão! Somos, através dos nossos sábios cientistas, como moleques de rua com um estilingue nas mãos, AINDA. Sai de baixo!

            Os “buracos” dos tratados são imensos. As nações “não aderentes” continuam desenvolvendo suas técnicas bélicas, E À CUSTA EVIDENTEMENTE DO “TRÁFICO” DAS NAÇÕES DESENVOLVIDAS “ADERENTES”. Ninguém duvida que o Iran tem desenvolvido suas bombas atômicas, TRAFICANDO INFORMAÇÕES E MATERIAL DAS NAÇÕES QUE JÁ PRODUZEM, e há alguns anos, ainda na época do Saddan, se noticiou que um grande fornecedor desse tráfico era a França! Hoje só um imbecil pode acreditar que a Coreia do Norte tem recursos e tecnologia para fazer artefatos nucleares, MAS NINGUÉM DIZ QUE COM CERTEZA ATRÁS DA COREIA, ESTÃO A RÚSSIA E/OU A CHINA, que driblando o tal tratado, continuam desenvolvendo seu arsenal nuclear! E aí se reúnem dois chefes de estados igualmente mentirosos (Trump e Jim) e contam a mentira do “acordo nuclear” entre ambos! Não se sabe quanto os EUA gastaram para “explodir” sua primeira Bomba em 1945, e a URSS comunista muito menos, mas um fato econômico é que os governantes da URSS explodiram as nações do “clube” da Cortina, para garantir suas bombas e artefatos bélicos nos anos 50, 60 e 70, simplesmente faliu no final dos anos 70! O povo formava a fila do pão, com jatos e foguetes capazes de bombas atômicas voando sobre suas cabeças! Essa é a URSS real, que os sábios pouco comentam, mesmo os defensores do controle das armas nucleares, como a Conferência de Pugwash (1957), formada pelo famoso filósofo Russel a partir do Manifesto Russel/Einstein, este falecido em 1955! Claro que há perto de 189 nações “das aprox. 200” que apóiam o tratado, “DA BOCA PARA FORA”! Ainda vivemos dessa imensa pajelança de mentiras!

            E isso mostra que o sistema de Cacique e seus Pajés ainda mantêm a forma de governo milenar de MENTIR PARA GOVERNAR, e está aí porque existem ainda as guerras, os governantes são por essência milenar, MENTIROSOS. Em outras palavras, falta o que entendemos hoje academicamente como MORAL E ÉTICA dos governantes, onde já se sobra intelectualidade através da evolução da Ciência! Hoje literalmente formamos cientistas criminosos! Alguém pode publicar isso, pelo menos, impunemente?

 

4 – A QUESTÃO PARTICULAR DA PROCURA DA PAZ

            A grande arma que mantém a pajelança dos governos é ainda o medo do povo. Os pajés religiosos (Ocidente) apontavam o “fogo do inferno” para garantir os caciques e seus pajés, os atuais banqueiros apontam para a “guerra total” onde se extinguiria a raça humana, e, de roldão, inúmeras outras espécies. Dizem que existam perto de 20 mil bombas atômicas “armazenadas” – 94% nos EUA e Rússia – e como é segredo de Estado, são apenas estimativas. Onde lei fosse lei (moral), por que segredos de Estado? A base da pajelança de governos é que para os governantes, LEI É ... ORA LEI! No caso comum, a lei é para garantir as regalias de uns contra a infelicidade dos demais!

            O resultado disso tudo é que uma guerra de proporções hoje traria de volta a imbecilidade dos caciques, que para ganhar uma guerra, pouco importa se o próprio vencedor também desaparecesse! Essa é a filosofia do cacique, alimentada pelos seus respectivos pajés. Hitler até tentou isso, mas foi contido em tempo, e também pela força. Alguém imagina o que seria hoje Londres, por exemplo, se Hitler tivesse sua bomba atômica durante a última guerra? Até já tinha o “foguete” para dispará-la, literalmente faria desaparecer Londres, como primeira etapa! Os EUA apenas a usou como forma de dissuasão. Mas como resultado, os EUA foram melhores do que os nazistas?

            Então, o atual sistema de governo do Cacique e seus Pajés, mantém o povo em geral sob o medo da destruição total. E não existe um único homem na Terra que confia em qualquer governante (talvez o Papa seja exceção porque nunca teve exército) como a figura de Cacique em cuja palavra se pudesse acreditar, ainda que na prática, se trate apenas de “palavra” que quando fala, esteja dizendo alguma verdade no que concerne à questão do armamento bélico e guerras! A grande a faculdade do cacique é ser de fato um grande cínico mentiroso, ainda.

            A Democracia lançada pelos gregos parece que seria a forma de acabar com esse medo, mas acontece que os gregos falaram de uma “sociedade democrática”, onde seus governantes fossem eleitos, não pelo sufrágio do voto popular, mas QUE O CACIQUE FOSSE ELEITO COMO O MELHOR ENTRE OS MELHORES DA SOCIEDADE. Algo que talvez só a Igreja Católica ainda faça como “constituição”. Os sábios gregos sequer contestaram a escravidão! Essa é a sociedade democrática, que nada tem a ver com a respectiva forma de governo, que seria de fato, “cachaça de cada povo”. A melhor forma de governo surgiria automaticamente pelos resultados. Hoje a melhor forma de governo parece ser a Republica Americana, mas cujo bem-estar do próprio povo, ombreia com outras nações também desenvolvidas, quase todas ainda no velho sistema monárquico hereditário, ainda da época dos gregos!

            Fazemos ainda uma imensa confusão, provocada pelos “sábios” que ditam seus dogmas de fé, entre “sociedade democrática”, onde lei é lei e para todos, com a pajelança de governo hereditário ou eleito em currais eleitorais onde lei ... ora lei! O fato é que na sociedade democrática, pouco importa a forma de governo! A colmeia ou o formigueiro têm suas rainhas, e são sociedades democráticas pelas leis!

            A forma de se acabar com as guerras é simples, ACABAR COM A PAJELANÇA DE PODER DOS GOVERNANTES, simples como 2+2=4, mas tão difícil como subir no pau de sebo na gincana!  É como dizer a um ditador: “cara, vc está errado”! O “paredão” pelo mundo afora está cheio de cadáveres que tentaram dizer isso! Todo escritor que pode publicar, É PAGO POR ALGUÉM PARA DIZER O QUE ESSE ALGUÉM PAGA PARA DIZER, ou então, PAREDÃO! Hoje quem “autoriza” pelo dinheiro os meios de publicação, SÃO OS BANQUEIROS, como antes eram os religiosos. Se alguém quiser publicar um texto ou livro, tem que ser pelos meios de comunicação! Como antes no Ocidente eram os “clérigos” Igreja Católica, até final do século XIX, hoje são os banqueiros que dizem o que se pode ou não publicar, isso nas “nações tidas como civilizadas”! Imagina nas ditaduras puras!

            Para salvaguarda pessoal, o autor está criticando o sistema, não fulano ou beltrano, mas na melhor das hipóteses, fica a carapuça, quem quiser que a coloque!

 

Filosofia Política → A Questão da Paz Mundial

Sobre o autor

Ariovaldo Batista é formado em engenharia pelo ITA (1965) e em Administração (Santo André, 1972) e possui alguns cursos de pós graduação em administração pela USP (sem tese). Aposentado desde 1990, Ariovaldo é autor do livro (em pdf) Repensando o Universo em 4 volumes.

Contato: arioba06@hotmail.com

 

O livro Repensando o Universo está disponível para download em nosso site.

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Repensando o Universo