Discurso e poder: a representação do imaginário social em O meu nome é legião de Antônio Lobo Antunes

por Luana Pantoja Medeiros

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postado em dez. 2018

 

 

RESUMO

A obra O meu nome é legião de Antônio Lobo Antunes apresenta em sua temática uma trama baseada na compilação de vários discursos que formam uma espécie de mosaico a construir uma única narrativa, entretanto a localização e fragmentação desses discursos, que justifica também chamar de hibridismo requer atenção especial, ao passo que cada narrador apresenta, de forma única e singular, suas impressões sobre um crime a ser desvendado, e sobre as características dos suspeitos. Antunes elabora uma leitura periférica sobre a violência. Neste sentido a violência é abordada como resultado de uma tradução e uma apropriação de sistemas de sentido. As personagens movem-se como fantoches, submetidos a uma força que os domina de forma absoluta. Há uma apropriação do imaginário de uma identidade cultural, e desvela a partir do desenrolar da trama, discursos e verdades múltiplas. A construção do discurso de poder é baseada nas formas da lei de uma nação e ao contrário disso, a construção do discurso de alteridade é dizimado de forma periférica, o discurso dos moradores do bairro, subjacente ao discurso policial. O desenrolar da trama revela que o discurso baseado nas formas da lei, bem como os discursos de alteridade não estão desvinculados do imaginário coletivo e individual, ambos são carreados de emoções e impressões pessoais, preconceitos de raça, e pontos de vista de conceitos éticos e morais.

Palavras-chave: Discurso e Poder; Imaginário social; Fragmentação.

 

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