Linguagem e Gênero

por Luana Pantoja Medeiros

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postado em jan.2018

Resumo

Esta monografia se propõe em analisar a possibilidade do gênero feminino se revelar a partir das interações socioculturais das mulheres na comunidade de prática do Partido dos Trabalhadores (PT), do diretório de Parintins. Como objetivos específicos, investiguei o que implica relações de poder nesta comunidade de prática, e como se estabelece a relação de linguagem e gênero. Os teóricos que formam a base da minha pesquisa são Simone de Beauvoir em sua obra O segundo sexo (1949), que traz a refutação do sexismo biológico. A segunda autora é Judith Butler em sua obra Problemas de gênero, feminismo e subversão da identidade (2015), a autora pontua suas concepções sobre a problemática gênero em um contexto atual da qual ela mostra seu posicionamento, que aponta para um questão já desprendida da biologia. Outro autor que trago como base teórica principal deste trabalho é Pierre Bourdieu em A dominação masculina (2007), em que o autor afirma em sua tese que a mulher é uma construção do imaginário masculino. Trago também Eni Orlandi em A linguagem e seu funcionamento (2011), obra em que a autora reflete sobre a semântica discursiva como análise científica dos processos característicos de uma formação discursiva. Para chegar ao objeto desta pesquisa, adotei o tipo de pesquisa qualitativa e o método etnográfico que me permitiu adentrar no campo das relações de comunicação no seio da comunidade de prática. Esta pesquisa revelou aos meus questionamentos que é possível o gênero feminino se revelar na linguagem, o que foi indicado pela memória discursiva das mulheres, através de um discurso que só mulheres podem reproduzir na alteridade. O que implica as relações de poder nesta comunidade de prática, não é sexo-gênero, mas outras condições externas a estes fatores, nem todas as Marias demostraram características de um sujeito feminista; algumas ainda se mantêm resignadas, passivas e omissas. Relações de poder implica posição de prestígio, aquela que fala bem, aquela que conhece as leis, aquela que têm um status social elevado. Os resultados também nos revelou mulheres e sujeitos políticos cujos posicionamentos e deslocamentos de seus corpos ainda são incapazes de uma emancipação. As mulheres dessa comunidade de prática, reproduzem os elementos que conduzem as interferências do problema do corpo e do sexismo biológico em si.

Palavras-Chave: Linguagem e gênero; Feminismo e relações de poder; Práticas socioculturais; Comunidade de prática.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Licenciatura Plena em Letras Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Amazonas, como requisito a obtenção do título do grau de Licenciatura em Plena em Letras Língua Portuguesa. Faça o download do trabalho completo.

 

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