Vídeo Games e Saúde

 

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde tornou pública a preocupação com o vício em videogames, chegando a declarar esse tipo de compulsão como uma doença mental.

De acordo com dados gerais, o vício surge por conta de uma substância no cérebro chamada dopamina que seria responsável por trazer sensação de prazer a uma região do cérebro motivada por recompensa. Toda vez que algo é feito que proporciona prazer o cérebro libera uma descarga de dopamina. O problem começa a surgir quando o cérebro fica obcecado por essas descargas e passa a procurar, cada vez mais, situações que liberem mais e mais dopamina. É isso o que leva a todo tipo de vício, inclusive ao vício em games. Quanto mais tempo jogando, mais dopamina seu cérebro recebe e mais depende do jogo ele fica.

O que pode ser considerado vício? De modo geral, e isto não se aplica apenas aos games, tudo o que faz perder o controle sobre a frequência, intensidade e o tempo em que se faz algo, dar prioridade a algo em detrimento de outras atividades do dia a dia pode ser considerado danoso.

Nem todo mundo que joga videogame é viciado. Mas vale a pena ficar atento a estes sinais, antes que uma diversão se transforme num caso de saúde. Além disso, nem tudo no mundo dos games pode ser considerado negativo.

Veja na reportagem abaixo (do site O Globo) que os games também podem ter uma função positiva

 

Video game pode ajudar na alfabetização de pessoas com dislexia

OXFORD (EUA) - Um novo estudo desenvolvido pela Universidade de Oxford, nos Estados Unidos, concluiu que jogos de videogame - especialmente os de ação - podem contribuir com melhorias cognitivas aos pacientes que apresentam sintomas de dislexia (desvio de atenção). O trabalho foi publicado hoje na revista científica “Current Biology”.

Um grupo de participantes realizou testes nos quais eles eram obrigados a apertar um botão o mais rápido possível quando ouviam um som, viam um clarão, ou experimentaram as duas sensações ao mesmo tempo. A velocidade de ração de cada um foi registrada e analisada.

Os dados colhidos mostraram que as pessoas com dislexia eram particularmente lentas na mudança de sensação. Em outras palavras, eles mostraram “lenta mudanla de atenção”, especialmente quando solicitados a alterarem a atenção de um flash de luz para um som.

Com os resultados em mãos, os pesquisadores propuseram uma abordagem única (não-verbal) para melhorar a leitura e a escrita desses pacientes por meio da utilização de video games de ação.

- Nossa proposta é estimular a mudança de atenção visual para auditiva por meio desses jogos, que permitem uma alteração constante do foco. Os games têm sido responsáveis por melhorar as habilidades multitarefa e também pode beneficiar a velocidade com que as pessoas com dislexia mudam o foco de um sentido para o outro. Isso precisa ser usado na alfabetização - concluiu a chefe da pesquisa Vanessa Harrar.

 

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