
Filosofia Política no Renascimento
por Alexsandro M. Medeiros
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Os teóricos políticos do renascimento caracterizaram-se pela reflexão crítica sobre o poder e o Estado. Neste campo destaca-se o filósofo italiano Nicolau Maquiavel que, em sua obra O príncipe, secularizou a filosofia política, separou o exercício do poder da moral cristã, e deu origem ao que hoje podemos chamar de ciência política. Foi Ernst Cassirer (2003) um dos pensadores a comparar os feitos de Maquiavel para a ciência política da mesma ordem de grandeza com que Galileu estudou a queda dos corpos e deu origem a ciência da física moderna.
Sobre a obra O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, assim se refere Maar (1994, p. 38): “O príncipe de Maquiavel não é nem bom, nem mau, ele é virtuoso quando executa com eficiência o seu papel político, quando desempenha eficazmente o poder do Estado”. “A virtude do príncipe estaria na força e na astúcia com que governa, e não na justiça em relação aos governados [...] As condições de se ser virtuoso seriam a base que torna possível ao príncipe [...] ser uma alternativa viável ao governo” (MAAR, 1994, p. 38). E nas palavras do próprio Maquiavel (apud MAAR, 1994, p. 38): “Um príncipe sábio, amando os homens como eles querem, e sendo por eles temido como ele quer, deve basear-se sobre o que é seu e não sobre o que é dos outros”.
Referências Bibliográficas
MAAR, Wolfgang Leo. Maquiavel e o Estado. In: ____. O que é Política. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 35-39. (Coleção Primeiros Passos).
Renascimento
Veja um resumo da obra de Bertrand Russell História da Filosofia Ocidental, onde consta uma parte referente ao período do Renascimento (páginas 103 a 111)