O Líquido Mortal (poesia)

por Basílio Marialva de Souza

acadêmico de Pedagogia UFAM

Um sábio, descalço e parado ali

Fazendo o povo da pólis parar e assistir

Sócrates, sentado e fazendo as ideias surgir

Apesar de saber, como seria seu fim.

 

Não tenho fatos concretos dos deuses

A busca pela verdade é tão bela

A coragem de se expressar nos liberta

Dos dogmas mitológicos que nos cerca

 

Os sofistas anunciaram a minha queda

Mas a sua retórica, nunca será tão bela

Comparado com as pessoas dessa plateia

Que serão os melhores pedagogos do planeta terra

 

Da cicuta é extraído o veneno

Do ser humano, o conhecimento

Não sei a real verdade depois da morte

Mas sei, o tempo passa e a minha existência não morre

 

 

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